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GARAGENS PERIFÉRICAS - 2018/2023

PRIMEIRA EDIÇÃO - 25 DE JULHO - 2015 - ESTACIONAMENTO DO CENTRO CULTURAL SALGADO FILHO
- Artistas iniciantes ou que estão à margem dos grandes circuitos.
- Profissionais da cultura que muitas vezes não acessam editais públicos de forma direta.
- A ideia é que o recurso da cultura circule entre aqueles que realmente constroem a base do setor.
- Cortejos de Divulgação: Artistas percorrem as ruas do território (perto de escolas, postos de saúde e comércio) para convidar as pessoas.
- Apresentações Gratuitas: Espetáculos de palhaçaria clássica e contemporânea realizados nas garagens selecionadas.
- Parcerias Locais: Articulação com centros culturais locais e lideranças comunitárias.
SUA GARAGEM FEITA PALCO E PICADEIRO
Alguns meses depois, abriu-se edital na Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, o novo Descentra Cultura. Daí, caldo quente, farinha nele! Deram nome ao recente improviso de sucesso, fundamentaram e formataram. Ele obteve a maior pontuação dada pela COMUC, Comissão Municipal de Cultura de Belo Horizonte e assim nasceu o “Garagens Periféricas” do Ateliê Titetê, em 2014.
- Democratizar o acesso à cultura: Levar espetáculos de alta qualidade para territórios onde não existem teatros ou casas de espetáculos formais inaugurando novos espaços de fruição da arte e da cultura.
- Descentralizar a produção artística: Romper com a concentração de eventos culturais nas regiões centrais, levando o circo e a palhaçaria para as periferias.
- Garantir o direito à fruição: Assegurar que populações em situação de vulnerabilidade social e econômica tenham o direito de se divertir e consumir arte de forma gratuita.
- Subverter o espaço urbano: Transformar espaços privados e cotidianos (garagens e quintais) em espaços públicos de convivência e picadeiros temporários.
- Valorizar a periferia: Afirmar o território periférico como um lugar de potência criativa, beleza e recepção cultural, mudando o estigma de "carência" para "potência".
- Fortalecer vínculos afetivos: Utilizar o riso e a palhaçaria como mediadores para reaproximar vizinhos e fortalecer o senso de comunidade.
- Promover o protagonismo do morador: Colocar o cidadão periférico como anfitrião da arte, tornando-o peça fundamental na realização do projeto ao abrir sua própria casa e convidar os vizinhos, de simples expectador, o morador se transforma em promotor da cultura na sua vizinhança.
- Mobilização social: Usar cortejos e apresentações para ocupar as ruas, gerando encontros entre diferentes gerações (crianças, adultos e idosos).
- Fomentar a economia circular e solidária: Distribuir recursos da cultura para artistas e profissionais que muitas vezes estão à margem dos mecanismos de fomento.
- Incluir artistas iniciantes: Servir como plataforma de formação e trabalho para novos talentos da palhaçaria, permitindo que ganhem experiência em contextos reais de rua e comunidade.
- Gerar renda no setor cultural: Contratar profissionais da cultura (técnicos, produtores, artistas, jornalistas) de forma justa, priorizando a colaboração mútua, o trabalho horizontal, a criação e o fortalecimento de redes.
- Promover o circo como "tábua de salvação" mediada pela alegria: Oferecer o riso do palhaço como ferramenta de superação para as rupturas existenciais e sociais, trazendo alento e dignidade através da graça e da palhaçaria. "Rir é o melhor remédio".
Para a Cultura e para o Circo, o impacto pode ser analisado em três níveis fundamentais:
- Ruptura do "Eixo Central": Grande parte dos investimentos culturais se concentra em teatros e centros culturais convencionais, localizados em grandes centros urbanos, via de regras, em bairros nobres. O Garagens Periféricas prova que o "centro" da cultura é onde o povo está.
- Territorialidade e Pertencimento: Ao transformar uma garagem em picadeiro, o projeto valida o território periférico. O morador sente que sua casa e sua rua são dignas de receber um espetáculo profissional, o que fortalece a comunidade, reatando laços e vínculos afetivos.
- Cidadania Cultural: Ele materializa o direito constitucional à cultura. Muitas vezes, o custo do transporte ou o desconforto em ambientes eruditos afasta o público periférico; o projeto elimina essas barreiras ao colocar o espetáculo "na sua garagem ou do vizinho".
- O "Picadeiro Minimalista": O circo tradicional precisa de grandes lonas. O Garagens Periféricas adapta a linguagem circense para espaços reduzidos e não convencionais. Isso exige um domínio técnico e uma versatilidade artística que enriquecem a linguagem do palhaço.
- Proximidade e "O Olho no Olho": Diferente do picadeiro clássico, onde há uma distância entre artista e público, na garagem a relação é íntima. Essa proximidade é o combustível para a palhaçaria, que se baseia na interação e na vulnerabilidade do artista frente ao espectador.
- Formação de Novo Público: O projeto é a "porta de entrada" para muitas crianças e adultos no universo circense. Ao ver um palhaço pela primeira vez na garagem do vizinho, cria-se uma memória afetiva que pode formar futuros espectadores e profissionais de circo.
- Redistribuição de Recursos: Através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura (#lmicbh), o projeto capta recursos públicos e os faz circular na mão de artistas, técnicos e produtores que muitas vezes não conseguem acessar as políticas públicas disponíveis.
- Inclusão de Novos Talentos: Ao abrir espaço para artistas iniciantes e grupos à margem do "sistema", o projeto atua como uma "escola viva" e um gerador de renda para a base da pirâmide cultural.
- O artista abre mão da quarta parede e da infraestrutura cênica de espaços convencionais para lidar com a luz do dia, o imprevisível da rua e a extrema proximidade do público.
- Essa "estética da garagem" gera uma dramaturgia própria, onde o improviso e a vulnerabilidade do palhaço são potencializados, enriquecendo a pesquisa cênica brasileira.
- Essa convivência garante a transmissão de saberes ancestrais do circo aos novos talentos, enquanto os veteranos se oxigenam com a energia e as novas visões de mundo de quem está começando.
- É uma rede de mentoria prática que fortalece o ecossistema cultural, garantindo a renovação da palhaçaria com base na tradição e na inovação.
- Ao levar a arte para o ambiente doméstico (a garagem), o projeto remove o "pedágio simbólico" dos grandes centros culturais.
- Ele forma um público crítico e participativo que passa a entender a cultura como um direito básico, estimulando a frequência futura em outros equipamentos culturais da cidade.
- São provas de que o projeto possui sustentabilidade técnica e ética.
- Ser selecionado entre centenas de propostas demonstra que o Garagens Periféricas entrega resultados mensuráveis de democratização e impacto social, tornando-se um modelo de "Boas Práticas" que pode ser replicado em qualquer cidade brasileira com desafios similares de desigualdade.
- Ele faz o dinheiro público circular dentro das comunidades, contratando profissionais que estão fora do sistema e valorizando a mão de obra local.
- É uma resposta brasileira e periférica à crise civilizatória, provando que a "tábua de salvação" pode ser construída com o riso, o afeto e a ocupação do território.
O maior desafio e, simultaneamente, a maior oportunidade para o projeto é a superação da fragmentação dos editais anuais.
- Editais de Manutenção: A perspectiva é o diálogo com o Poder Público para a criação de linhas de fomento a Projetos Continuados. Isso permitiria ao Ateliê Titetê manter uma equipe permanente, planejar circulações de longo prazo e aprofundar a pesquisa de linguagem sem as interrupções dos ciclos de captação.
- Políticas Públicas de Estado: Transformar o conceito das "garagens" em uma política de estado que reconheça espaços privados de uso comunitário como Pontos de Cultura informais, garantindo verba carimbada para a manutenção dessas redes de afeto.
O modelo nascido em Belo Horizonte possui uma gramática universal: a garagem existe em todo o Brasil.
- Além das Fronteiras: A perspectiva é a criação de um "Circuito Nacional Garagens Periféricas", levando a expertise de BH para as periferias de grandes metrópoles e para o interior do país.
- Franquia Social e Formação: O Ateliê Titetê pode atuar como um centro formador, capacitando grupos de outros estados para replicarem a metodologia em suas próprias comunidades, respeitando as singularidades locais.
Para ganhar escala, o futuro do projeto exige um modelo de financiamento híbrido.
- Investimento Privado e ESG: O projeto apresenta um prato cheio para empresas que buscam impacto social real (S do ESG). A iniciativa privada pode entrar como parceira direta, não apenas via leis de incentivo, mas como apoio direto a projetos de impacto territorial e economia criativa.
- Parcerias Multissetoriais: Articular o projeto com as secretarias de Educação, Saúde e Desenvolvimento Social, integrando a palhaçaria como ferramenta de saúde pública e coesão social em programas governamentais amplos.
No futuro, o Garagens Periféricas será medido pela profundidade de sua pegada social:
- Econômico: Consolidar-se como um motor da Economia Circular, onde a remuneração de artistas e técnicos periféricos gera um ciclo virtuoso de consumo e investimento dentro das próprias comunidades.
- Social: Atuar na redução dos índices de isolamento e vulnerabilidade, transformando a "garagem" em um símbolo de resistência e celebração da vida, fortalecendo a rede de proteção social através da alegria.
- Artístico: Ser um centro de referência no Brasil para a pesquisa da "Estética da Proximidade", onde a relação entre o palhaço e o público é estudada academicamente e celebrada popularmente.
A perspectiva para o Garagens Periféricas é que ele deixe de ser um evento para se tornar um hábito urbano, um modelo de sustentabilidade, um modo de ver e estar no mundo. Um futuro onde a premissa de que "o show deve continuar" signifique que o riso ocupe permanentemente a periferia, e que o Poder Público e a Iniciativa Privada compreendam que investir em uma garagem é, na verdade, investir no alicerce de uma sociedade mais humana e integrada, reatando vínculos e laços comunitários, promovendo a igualdade e a dignidade principalemente das pessoas em situação de vulnerabilidade.
"A Alegria é a Prova dos Nove!"
Oswald de Andrade
Essa é uma daquelas histórias que provam que o palhaço não precisa de um palco de veludo,
mas sim de uma oportunidade e um nariz vermelho!
"DE QUATRO NO ATO"
O Dia em que o Imprevisto Virou Inovação
Tudo começou em 2013, no bairro Urca, em Belo Horizonte. Estávamos prontos para apresentar o espetáculo "De Quatro no Ato" (que hoje você conhece como "A Flauta Que Você Me Faz!"). Fizemos a visita técnica, conferimos cada detalhe... tudo sob controle, certo? Errado!
No dia da montagem, a surpresa: a rua que seria nosso palco tinha sido "engolida" por uma feira vibrante, cheia de barracas de comida e artesanato. O espaço reservado? Tinha sumido no meio da multidão! Mas, como diz a ética da palhaçaria: "Palhaço não desiste, se reinventa!"
Enquanto buscávamos uma saída, meus olhos bateram em um portão de correr, um veterano desbotado pelo sol e pelo tempo. Sem pestanejar, toquei a campainha. Quem atendeu foi uma senhora com um sorriso que já era o anúncio do espetáculo. Expliquei o sufoco: "Podemos transformar o seu portão no nosso palco e a sua garagem no nosso picadeiro?". Ela não só autorizou, como abriu as portas com o coração. Ali, entre o portão desbotado e o asfalto da rua, o riso venceu o imprevisto e nasceu o projeto Garagens Periféricas.
NOVA CINTRA - REGIONAL OESTE
PROGRAMAÇÃO “GARAGENS PERIFÉRICAS 2020”
“AI AI AI QUE FRIAGEM, PALHAÇADA NA GARAGEM!”
Dia: 25 de março, sábado
Horário: 15h cortejo; 16h espetáculo
Local: rua D Lourenço de Almeida, nª 516, Nova Cachoeirinha
Dia: 02 de abril, domingo
Horário: 10h cortejo; 11h espetáculo
Local: rua Ernesto Austin, nº 572, Nova Vista
Dia: 07 de abril, sexta-feira
Horário: 19h cortejo; 20h espetáculo
Local: rua Frei Orlando, nº 148, Caiçara
Dia: 16 de abril, domingo
Horário: 10h cortejo; 11h espetáculo
Local: rua Frei Orlando, nº 148, Caiçara
DIA 25 DE MARÇO DE 2023 INICIAMOS MAIS UMA JORNADA PALHAÇAL FENOMENAL SENSACIONAL, EM BELO HORIZONTE, NA RUA D.LOURENÇO DE ALMEIDA, 516, NOVA CACHOEIRINHA. NO PERÍODO ENTRE 13:00 E 18:30 HORAS OCUPAMOS A GARAGEM DAQUELA RESIDÊNCIA. AGRADECEMOS AOS MORADORES O APOIO NA DIVULGAÇÃO E CESSÃO DAQUELE ESPAÇO TRANSFORMADO EM CIRCO E PICADEIRO.
Edital Multilinguagens - FMC
“E se você que lê essa matéria, quiser nos ajudar, entra em contato conosco. Para oferecer a garagem de sua residência ou nos ajudar financeiramente.
O retorno maior que esperamos é a participação efetiva do público comparecendo para assistir às apresentações, o que vem acontecendo. Esperamos ainda, encontrar apoiadores (empresas e entidades públicas e privadas) que nos ajudem a manter o projeto por muitos e muitos anos.
Como artistas, levamos desta ‘jornada’, a certeza de que “todo artista tem de ir aonde o povo está”, como realizadores e produtores culturais, o aprendizado de que a formação de público no Brasil, deve sempre considerar outras lógicas de produção que contemple e garanta o acesso das populações menos favorecidas economicamente, levando arte de qualidade, porque todas as pessoas tem direito à fruição e ao prazer proporcionado pela arte.
Clau Silva BH
DIA 09/08/2015 - AS 11:00 HORAS
BAIRRO JARDIM AMÉRICA
CORTEJO DIVULGAÇÃO

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